Lição 01: Conhecendo o Evangelho de João | 1° Trimestre De 2022 | EBD – Jovens

   

TEXTO PRINCIPAL

“E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14)

RESUMO DA LIÇÃO

O Evangelho de João é essencialmente cristológico e singular em relação aos demais Evangelhos.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Mt 4.21 João, filho de Zebedeu
TERÇA – Jo 13.23 João o discípulo amado
QUARTA – Mt 17.1,2 João esteve presente na transfiguração
QUINTA – Jo 1.12 João apresenta Jesus como Salvador
SEXTA – Jo 1.1 João apresenta o Verbo encarnado
SÁBADO – Jo 2.1 João apresenta o primeiro sinal de Jesus

OBJETIVOS

APRESENTAR a autoria, a época e o propósito do Evangelho de João;
EXPOR a riqueza doutrinária do Evangelho de João;
COMPREENDER a Cristologia apresentada por João.

INTERAÇÃO

Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus vamos iniciar o ano estudando o Evangelho de João, um livro singular cujo o propósito é mostrar que Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus, o “Verbo que se fez carne”. O comentarista das lições é o pastor Silas Queiroz, membro do Conselho de Comunicação e Imprensa da CGADB. Ele é Jornalista, Bacharel em Teologia e Direito. Especialista em Direito Público, Direito Processual Civil e Docência Universitária. É pastor na Assembleia de Deus em Ji-Paraná (RO), cidade na qual reside e atua como procurador geral do município. Que o estudo de cada lição possa trazer a certeza de que Jesus Cristo é o Filho de Deus e único mediador entre o Todo-Poderoso e os seres humanos.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), para a primeira lição do trimestre sugerimos que você reproduza o quadro abaixo. Utilize-o na apresentação do primeiro tópico da lição, pois o objetivo é apresentar algumas informações importantes a respeito do Evangelho de João.

O EVANGELHO DE JOÃO

PROPÓSITOComprovar que Jesus é o Filho de Deus e que todo
aquele que nEle crê tem a vida eterna
.
AUTORJoão, filho de Zabedeu e irmão de Tiago, o apóstolo
apelidado de “filho do trovão”.
DESTINATÁRIONovos cristãos e não cristãos.
DATAProvavelmente 85-90 d.C.
PANORAMAEscrito depois da destruição de Jerusalém, em 70 d.C.,
antes do exílio de João na ilha de Patmos.
PESSOAS-CHAVEJesus, João Batista, os demais discípulos, Maria, Marta,
Lázaro, a mãe de Jesus, Pilatos e Maria Madalena.
LUGARES-CHAVEInterior da Judeia, Samaria, Galileia, Betânia e Jerusalém.
Extraído de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1410.

EBD | 1° Trimestre De 2022 | CPAD – Revista Jovens – Tema: Tema: Jesus, o Filho de Deus – Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João | Lição 01: Conhecendo o Evangelho de João | Escola Biblica Dominical

TEXTO BÍBLICO

João 1.1-5,9-14
1 No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens.

5 E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
9 Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo.
10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam
12 Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no seu nome

13 Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da Vontade do varão, mas de Deus.
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

INTRODUÇÃO

Estamos iniciando não somente um novo trimestre, mas também um novo ano. Estudaremos um livro que expõe, com muita clareza, profundidade e objetividade, uma das principais doutrinas da Bíblia: a Doutrina de Cristo no Evangelho de João. O Evangelho de João é essencialmente cristológico e se apresenta com toda a sua singularidade em relação aos demais Evangelhos, que guardam entre si grande similaridade, daí serem considerados sinóticos. Enquanto Mateus, Marcos e Lucas enfatizam mais a humanidade de Cristo, em João Jesus é apresentado especialmente como o Filho de Deus, o Verbo Encarnado.

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I – AUTOR, ÉPOCA E PROPÓSITO

1. O discípulo amado. João, filho de Zebedeu e irmão de Tiago, também discípulo de Jesus (Mt 4.21), é o autor desse “Evangelho espiritual”, como assim o chamou Clemente de Alexandria (150-215 d.C.). O livro traz várias referências ao discípulo “a quem Jesus amava” (Jo 13.23; 19.26; 20.2) e encerra com a expressão: “Este é o discípulo que testifica dessas coisas e as escreveu” (Jo 21.24). João trabalhava com o pai e o irmão no ramo da pesca (Mc 1.19,20). Tornou-se um dos discípulos mais próximos de Jesus, ao lado de Pedro e Tiago, tendo o privilégio de estar presente em momentos ímpares, como na transfiguração (Mt 17.1). O que muito se destaca na vida de João, portanto, é sua intimidade com Jesus (Jo 13.25).

2. O apóstolo do amor. Evangelho de João foi o último a ser escrito. Não há uma data específica, mas registros dos primeiros séculos indicam ter sido entre os anos 80 e 95 d.C. Nessa época, e nos séculos seguintes, foram intensos os debates teológicos em torno das
doutrinas centrais da fé cristã. Muitas heresias foram forjadas pelo judaísmo, que tentou se reestabelecer após a Diáspora, ocorrida depois de 70 d.C., quando aconteceu a destruição de Jerusalém. Também no seio do cristianismo surgiram muitos hereges. Dentre os falsos ensinos destaca-se o que negava a divindade de Jesus. O amoroso apóstolo João, o mesmo autor de 1, 2 e 3 João e do Apocalipse, havia estabelecido muitas igrejas, especialmente na Ásia Menor. Foi justamente de lá, mais precisamente de Éfeso, que escreveu seu Evangelho, cujo escrito serviu para solidificar a fé de cristãos não somente de seu tempo, mas de todas as épocas, chegando até nós.

3. Evangelista e apologista. O diligente pastor João, já idoso, era também evangelista e apologista. Seu Evangelho tem esse duplo caráter, sobressaindo nele uma firme apologia da doutrina central da fé cristã. Esse propósito é diretamente anunciado por ele, quando, após registrar os sinais que evidenciavam a divindade de Cristo, afirmou: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31). O Evangelho de João tem, portanto, crucial importância tanto para a propagação das Boas-Novas da Salvação aos que ainda não creem, quanto para a firmeza e permanência da nossa fé, através da vida que somente no Filho de Deus podemos ter.

SUBSÍDIO 1

“Prezado(a) professor(a), incentive seus alunos a lerem, no decorrer do trimestre, o Evangelho de João. Se possível faça uma leitura em que todos possam acompanhar juntos. Para dar início ao primeiro tópico faça a seguinte pergunta: “O que João desejou evidenciar ao escrever o Evangelho que leva o seu nome?” Explique que “neste Evangelho, João evidenciou claramente que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que, crendo nEle, teremos a vida eterna. João também forneceu um material singular a respeito do nascimento de Jesus, ao revelar que Ele não veio a existir quando nasceu, porque é eterno; sempre existiu.” (Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1410.)

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II – A RIQUEZA DOUTRINÁRIA DO EVANGELHO DE JOÃO

1. A Cristologia e a Trindade. A riqueza doutrinária do Evangelho de João é simplesmente surpreendente. Já nos primeiros 34 versículos do primeiro capítulo do Livro é possível encontrar revelações claras e profundas acerca das principais doutrinas da Bíblia. A doutrina de Deus, dentro da compreensão da Trindade (“um só Deus, eternamente subsistentemente em três pessoas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade”, conforme nossa Declaração de Fé), levaria cerca de três séculos para ser bem compreendida e sistematizada pela cristandade, mas ali estava, de maneira inequívoca, o registro acerca das pessoas do Deus Pai, do Deus Filho e do Deus Espírito Santo, com indicação, inclusive, do papel primordial de cada uma delas. Depois de falar do Filho, como o Verbo que sempre esteve com o Pai, João apresenta o Espírito Santo, aquele que outro João, o Batista, viu “descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele” (Jo 1.32). O Espírito é o que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8), tem papel imprescindível na regeneração (Jo 3.5; 20.22) e é indispensável para uma vida cristã vitoriosa (Jo 14.16-18,26).

2. Cristo, o Deus Criador. João não apenas refere-se a Cristo como um Ser Divino, mas apresenta desde logo seus principais atributos, como a eternidade, a Onipotência, a Onipresença e a Onisciência, pois o situa “no princípio”, na eternidade passada, agindo com e como Deus: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Quando houve esse “princípio”, que foi revelado a Moisés (Gn 1.1), Cristo já existia como verdadeiro Deus, Eterno, sem princípio; incriado. Ele, aliás, participou com o Pai e o Espírito da obra da criação: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). Cristo, portanto, é também Deus Criador. Por isso, Gênesis registra a ação plural: “Façamos o homem, à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26) e Paulo afirma que “ele [Cristo] é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.17).

3. Cristo no Antigo Testamento. O discípulo amado também sintetizou, em um versículo apenas, a livre e permanente agência de Cristo desde o Éden e por todo o Antigo Testamento até sua encarnação, quando diz: “Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens” (Jo 1.4). Um dos exemplos está na declaração paulina aos coríntios: “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, e todos comeram de um mesmo manjar espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo” (1 Co 10.1-4). Cristo, portanto, não foi um mero assistente junto ao Pai desde Adão. Seja de forma teofânica, seja através de tipos, o Deus Filho esteve presente em toda a Antiga Aliança, aguardando o tempo em que haveria de se manifestar, encarnado, para a obra prometida ainda no Éden: que da semente da mulher nasceria um que pisaria a cabeça da serpente (Gn 3.15).

SUBSÍDIO 2

Professor(a), explique neste tópico que “enquanto na filosofia grega, o logos significa princípio da razão que governa o mundo, o pensamento; na cultura hebraica, é outra forma de referir-se
a Deus. Assim, a descrição de Jesus como o Verbo feita por João indica que ele se refere a um ser humano que conheceu e amou, mas ao mesmo tempo o Criador do universo, a suprema revelação de Deus, a Deidade encarnada (1.14), o retrato vivo da santidade de Deus, o único em que tudo subsiste (Cl 1.17). Para os leitores judeus, afirmar que Jesus é a encarnação de Deus é blasfêmia. Para os leitores gregos, dizer que o “Verbo se fez carne” (1.14) era inconcebível. Para João, o novo entendimento sobre o Verbo eram as Boas-Novas em Jesus Cristo.” (Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1410.)

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