Lição 09: Habacuque: A Fé como forma de Vida | EBD – Jovens | 3° Trimestre De 2021

EBD | 3° Trimestre De 2021 | CPAD – Jovens | Tema: O CUIDADO DE DEUS COM O CORPO DE CRISTO – Lições da Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios para os nossos Dias | Lição 09: Habacuque: A Fé como forma de Vida

✓ OBJETIVOS

EXPLICAR o contexto histórico, estrutura e mensagem do livro de Habacuque;

APRESENTAR as dificuldades do profeta Habacuque em compreender os caminhos de Deus: 

ESCLARECER a importância da fé como elemento essencial de vida cristã

TEXTO DO DIA

“Então, o SENHOR me respondeu e disse Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que está correndo passa. Els que a sua alma se incha, não é reta nele: mas o justo, pela sua fé viverá” (Hc 2.2.4)

SÍNTESE

A fé é o fundamento da vida cristã. Devemos confiar em Deus mesmo quando aparentemente as peças não se encaixam, pois Ele está no controle de todas as coisas.

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA – Rm 5.1 O cristão é justificado pela fé

TERÇA – GL 3.11 Ninguém é justificado diante de Deus pelas obras, mas pela fé

QUARTA – Rm 11.20 O cristão se mantém firme pela fé

QUINTA – Hb 11.6 Sem fé é impossível agradar a Deus

SEXTA – SL 73.28 A confiança do cristão está em Deus

SÁBADO – Rm 1.17 Em Cristo se descobre a justiça de Deus de fé em fé

 INTERAÇÃO

Prezado(a) professor(a) estudaremos na lição deste domingo o livro do profeta Habacuque. Ele profetizou em Judá e o tema central do seu livro é na verdade a grande indagação de todo cristão: “Onde está Deus, quando os seus filhos sofrem?”. Habacuque não conseguia entender como os babilônios que ignoravam as leis de Deus, saqueavam as nações, violentavam as mulheres e matavam tantas pessoas seriam usados para punir o povo do Senhor por seus pecados. Muitas vezes, em nossa limitação, não conseguimos compreender o agir de Deus. Contudo, precisamos confiar no seu operar, na sua misericórdia e na justiça. Com Habacuque aprendemos que Deus é soberano e Ele jamais perde o controle de toda e qualquer situação. Nós temos e que confiar, pois o justo, pela sua fé viverá (2.4)

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a) reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para fazer um resumo do livro do profeta Habacuque e apresente-o na introdução da lição. 

EBD | 3° Trimestre De 2021 | CPAD – Jovens | Tema: O CUIDADO DE DEUS COM O CORPO DE CRISTO – Lições da Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios para os nossos Dias | Lição 09: Habacuque: A Fé como forma de Vida

TEXTO BÍBLICO

Habacuque 2.1.2

1- Sobre a minha guarda estarei e sobre a fortaleza me apresentarei, e vigiarei para ver o que fala comigo e o que eu responderei, quando ou for arguido

2- Então o SENHOR me respondeu disse: Escreve a visão e toma-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa.

INTRODUÇÃO

Em seu livro. Habacuque abre seu coração, expondo a Deus suas percepções e incompreensões Durante este diálogo, uma grande descoberta teológica acontece: “A fé como forma de vida na relação do crente com Deus”. Uma fé que jamais foi confrontada não passa de fantasia, pois a fé é provada real e verdadeiramente nos conflitos da vida

I – HABACUQUE

1. Sua vida. Não temos muitas informações a respeito da vida de Habacuque, tudo o que sabemos sobre ele é por dedução. Seu nome, cujo significado é abraço, aparece duas vezes em toda a Bíblia, exclusivamente no seu livro (Hc 1.1; 3.1). Não temos informações sobre sua cidade de origem, sua profissão e sua filiação. A literatura rabínica apoiava a ideia que ele fosse de origem sacerdotal Considerando que o texto bíblico apresenta-o diretamente como profeta inferimos que ele fosse um profeta formado e reconhecido que estudou na escola de profetas um estabelecimento formal (Hc 1.1).

O mesmo se aplica a Ageu Zacarias (Ag 1.1. Zc 1.1). O texto de Habacuque 3.19 também parece apresentar o profeta como um levita oficial qualificado para participar do cântico litúrgico no Templo de Jerusalém. O pós-escrito da oração de Habacuque foi destinado ao cantor-mor (mestre de música) e certamente será aplicada ao coro dos levitas, sendo também acompanhado com instrumentos de corda.

2. Data do livro. O profeta não cita nomes de reis. Sem essa referência histórica fica difícil especificar uma data. Ao ler o livro encontramos algumas informações que nos levam a propor por dedução uma possível data Ele parece surpreso ao saber que Deus levantará a Babilônia (os caldeus) para subjugar Judá. Sabemos que o livro foi escrito um pouco antes da primeira invasão da Babilônia em Jerusalém no ano 605 aC.

3. Estrutura e mensagem do livro. A profecia de Habacuque foi um peso para Judá, termo que indica uma sentença pesada entregue por meio de profecia (Hc 1.1). O oráculo lhe foi revelado em forma de visão. Seu livro tem três capítulos e contém pelo menos três formas literárias diferentes diálogo” (Hc 1.2-2.5); “ais proféticos” (Hc 2.6-20) e louvor (Hc 3). O Livro é um diálogo, uma profecia ou até mesmo um poema. Foi escrito no hebraico mais puro e sua mensagem está cheia de metáforas inusitadas e comparações (Hc 1.8,11,14,15; 2.5.11.14,16,17; 3.6,8-11).

primeiro capítulo denuncia o estado de apostasia da nação e a resposta de Deus aos questionamentos de Habacuque (Hc 1.1-27). O segundo capítulo apresenta uma resposta mais detalhada de Deus sobre seus planos e desígnios diante de novos questionamentos apresentados pelo profeta (Hc 2.1-20). O terceiro capítulo é uma oração de louvor que destaca a importância da fé (Hc 3.1-19).

II – A CRISE DO PROFETA

1. A maldade de Jerusalém. O profeta demonstra inconformidade com o pecado que crescia vertiginosamente entre seu povo. A violência, os atos de crueldade e a injustiça permeavam a vida pública e privada de Judá (Hc 1.3). Para o profeta, aquela situação era insuportável. Como Deus poderia ver tudo aquilo e não fazer nada? (Hc .2). Todo aquele antro de perversidade aumentava a demanda das contendas e litígios. Os tribunais estavam cheios de problemas a serem resolvidos. Contudo, a lei estava sendo manuseada de forma escusa e o juízo estava sendo pervertido (Hc 1.4).

A lei era o dispositivo legal para garantir a ordem pública e os direitos dos cidadãos, mas como o sistema judiciário de Judá estava corrompido a injustiça prevalecia. Os anciãos aceitavam suborno e as testemunhas locais mentiam. O indefeso que aguardava o emprego da justiça ficava frustrado. O profeta questionou como Deus poderia tolerar tudo aquilo e não intervir. Quando vemos uma injustiça somos levados a recorrer a Deus. Às vezes, entramos em crise neste processo. Não somos tão diferentes de Habacuque. É difícil lidar com a injustiça e a sensação de impunidade

2. O questionamento do profeta. Seria este questionamento uma murmuração perversa? Cremos que não! A murmuração tem o propósito de deteriorar a imagem de Deus, colocando em dúvida. Seu caráter perfeito Habacuque faz o contrário, apela para a justiça divina no propósito de zelar pela imagem do Altíssimo. Ele podia não entender o agir de Deus, contudo, posteriormente comprovou sua confiança inabalável nas ações divinas por mais contraditórias e paradoxais que pudessem parecer aos seus próprios olhos (Hc 2.4). Seus questionamentos apenas revelaram suas limitações face aos caminhos inescrutáveis de Deus.

É interessante como o texto bíblico faz questão de mostrar as vulnerabilidades e incompreensões de Habacuque. Deste modo, fica claro que a origem de sua proclamação não tinha como fonte a sua mentalidade perspicaz mas a própria revelação de Deus. Como Habacuque temos liberdade para apresentar a Deus nossas dúvidas e questionamentos. O que Deus espera de nós em nossa oração não são palavras rebuscadas, ditas de forma mecânica, mas um diálogo sincero com Ele (Mt 6.6,7).

3. A resposta de Deus. Deus responde aos questionamentos do profeta dizendo que colocaria um fim na maldade de Judá suscitando a Babilônia para castigar o seu povo (Hc 15-11). Na Bíblia o silêncio divino é sempre precedido por um grande feito Os caldeus representavam a solução divina para aquela situação (Hc 1.6). Durante muito tempo os erros de Judá ficaram sem castigo, porém o juízo estava sendo instaurado (Hc 1.7). O profeta demonstrou não entender a ação divina, pois como poderia Deus usar uma maldade maior (Babilônia) para punir uma maldade menor (Judá)? A Crise instaurou no seu interior (Hc 1.13).

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