Lição 1: Rute 1 – A Trágica Emigração De Belém Para Moabe – EBD Pecc 3° Trimestre De 2021
Texto Áureo
“Nos dias em que julgavam as juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos.” Rt 1.1
Leitura Biblica para Estudo
Rute 1.1-6
Verdade Prática
As tragédias humanas jamais podem anular os soberanos propósitos de Deus.
INTRODUÇÃO
I – O LIVRO DE RUTE Rt 1.1
1- Nome Rt 1.4
2-Autor e Data Rt 4.17
3- O drama da Emigração Rt 1.1
II – O DRAMA DA FOME Rt 1.1-2
1- Fome em Belém de Judá Rt 1.1
2- A terra de Moabe Rt 1.2
3- Possíveis alternativas Rt 1.2
III – A MORTE E A VIUVEZ Rt 1.3-6
1- Morte do esposo Rt 1.3
2- Casamento e morte dos filhos Rt 1.4
3- Noemi não desiste Rt 1.6
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Rt 1.1
Terça – Rt 1.2
Quarta – Rt 1.3
Quinta – Rt 1.4
Sexta – Rt 1.5
Sábado – Rt 1.6
Hinos da Harpa: 141-303
INTRODUÇÃO
Rute é um pequeno livro, absolutamente encantador. Além disso, é um livro essencialmente humano que traz histórias com características de realidades da vida com que facilmente o leitor se identifica. Nele veremos a providência de Deus guiando pessoas comuns e improváveis em direção a um plano glorioso e eterno.
No primeiro capítulo, o escritor relata com poucas palavras a história de uma família que foi para Moabe. Lá, o pai da família morreu, os filhos que casaram com moabitas também faleceram. Noemi, ao ouvir que havia alimento na sua terra, decidiu, juntamente com suas noras, voltar para Belém de Judá.
l – O LIVRO DE RUTE (Rt 1.1)
1. Nome (Rt 1.4) “Os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.”
Rute significa “companheira”. O livro leva seu nome e, nele, é mencionada doze vezes e uma vez em Mateus 1.5. Ela é uma das mulheres mais importantes da Bíblia.
2. Autor e Data (Rt 4.17) “As vizinhas lhe deram o nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E O chamaram Obede. Este é o nome de Jessé, pai de Davi.”
A autoria do livro de Rute é atribuída, por muitos estudiosos, a Samuel, por entenderem que o estilo literário e linguístico se assemelha aos livros de Juízes e Samuel, dos quais é autor. No entanto, há aqueles que datam a produção do livro no período da monarquia, pois seu autor tinha conhecimento de Davi como rei (Rt 4.17,22). A história da família de Elimeleque deu-se no período dos Juízes, talvez nos dias de Gideão, possivelmente, na última metade do século XII a.C.
3. O drama da emigração (Rt 1.1) “Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos”
O livro de Rute inicia-se com a história de uma família belemita do tempo dos juízes que, pela escassez de alimento, saiu de Belém de Judá para morar nas terras de Moabe, a uma distância de 80 km a leste do mar Morto. Mudar de cidade é uma coisa dispendiosa e inquietante. Implica arrancar raízes e deixar amigos e vizinhos. Procurar uma nova casa, estabelecer uma nova vizinhança, conhecer outras pessoas. Para essa família, foi um verdadeiro “terremoto”.
EBD Pecc | 3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada | Lição 01: Rute 1- A Trágica Emigração De Belém Para Moabe
II – O DRAMA DA FOME (Rt 1.1-2)
1. Fome em Belém de Judá (Rt 1.1) “Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos.”
Belém era uma cidade cerca de oito quilômetros ao sul de Jerusalém. Seu nome significa “casa do pão”, nome que aponta para a incomum fertilidade daquela região para o plantio de cereais (como o esclarece o capítulo 2 do livro de Rute). Também destaca que a fome era fora do comum. Alguns comentaristas crêem que a fome era local na região de Belém (aparentemente não havia tal dificuldade cerca de oitenta quilômetros a sudeste, em Moabe, do outro lado do Mar Morto) e devia-se, em parte, às pilhagens associadas com o período caótico dos juízes.
A invasão midianitas no período de Gideão, por exemplo, destruiu a lavoura e o gado. Por causa da fome, Elimeleque decidiu que ele e sua família iriam morar durante algum tempo como estrangeiros residentes (peregrinos) na terra de Moabe. Não temos certeza do que o induziu a partir. O povo de Jeová foi ensinado a confiar Nele. Sabemos que outros belemitas permaneceram na terra à espera do final da fome e, ao que parece, passaram muito melhor do que Elimeleque (v.6).
A luz dos acontecimentos subsequentes, ficamos imaginando se o autor não pretende nos levar a pensar que Elimeleque não foi sábio na sua atitude! Certamente, a viagem não alcançou o seu objetivo: escapar da morte. Todos os três homens da família morreram em Moabe. Além disso, com a mudança, morreram numa terra estranha, deixando Noemi, a viúva, muito mais desolada do que se tivesse permanecido na companhia dos seus parentes e conhecidos.
2. A terra de Moabe (Rt 1.2) “Este homem se chamava Elimeleque, e sua mulher, Noemi; os filhos se chamavam Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; vieram à terra de Moabe e ficaram ali.”
Localizada no planalto, ao leste do Mar Morto, Moabe era povoada por descendentes de Ló. Embora não tivessem sido atacados pelos israelitas em seu retorno à terra prometida depois do êxodo, apesar de sua falta de amabilidade característica, os moabitas não deviam ser admitidos na congregação de Israel.
Por quê? Eles eram adoradores de Campos, um deus ao qual se faziam sacrifícios humanos. Os moabitas eram, às vezes, chamados de “povo de Camos”. Além disso, durante o primeiro período dos juízes, Eglom, rei de Moabe, invadiu a terra dos israelitas durante dezoito anos, Por tanto, era um lugar muito estranho para um crente em Jeová, habitante de Belém, escolher para morar.
3. Possíveis alternativas (Rt 1.2) “Este homem se chamava Elimeleque, e sua mulher, Noemi; os filhos se chamavam Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá: vieram à terra de Moabe e ficaram ali.”
Embora seja legítimo e elogiável o desejo de Elimeleque de cuidar de sua família durante a fome, Matthew Henry questiona como se poderia justificar a mudança a Moabe: “Aborrecer-nos com o lugar no qual Deus nos coloca e abandoná-lo na primeira oportunidade, logo que nos deparamos com algum desconforto ou alguma inconveniência, é evidência de um espírito descontente e instável. Por que não foram para algum lugar onde se adorava Jeová?”.
Não temos dados suficientes para saber se a atitude de Elimeleque justifica o comentário de Matthew Henry. Porém, mesmo que a atitude de Elimeleque implique falta de fé ou expressão de descontentamento, o restante do livro de Rute demonstra amplamente que a providência graciosa de Deus não é limitada pela loucura do homem. A alegria final na família e o propósito de sua história, resultante da entrada de Rute no cenário israelita, demonstram a rica benignidade da providência de Deus. É uma evidência de Seu amor. Felizmente, a providência de Deus cobre até os nossos erros!
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